segunda-feira, 26 de maio de 2008

Falta de higiene prejudica usuários

A expansão do reggae no Maranhão e o status cultural que o gênero musical adquiriu entre a sociedade local fazem com que o ritmo fosse visto como um viés de geração de emprego e renda. Assim, surgiram os clubes e bares onde o reggae é tocado de forma exclusiva ou com prevalência, configurando-se como conquista do espaço geográfico obtido pelo gênero, pois são neles que os sujeitos encontraram o lugar apropriado para ouvirem e dançarem coletivamente o reggae.
Passaram-se então a cobrar porta nos clubes e festas e ainda que a maior parte das pessoas que freqüentam tais ambientes tenha baixo poder aquisitivo, quase sempre estes espaços são bastante movimentados e cheios. A despeito disto, os empresários e proprietários dessas casas pouco têm investido na melhoria do ambiente, no sentido de proporcionarem conforto e bem-estar dos freqüentadores.
Um exemplo disso está na capital, São Luís, onde os locais mais freqüentados na atualidade são muito quentes, com pouca aeração e vários deles com banheiros sem condições adequadas de higiene, aumentando o risco de proliferação de doenças, inclusive DSTs.
Uma freqüentadora declarou ao QUARTO PODER que já reclamou várias vezes, em locais distintos e os proprietários não tomaram nenhuma medida para melhor as condições de higiene. “Não queria nem que aumentassem de imediato a quantidade de banheiros, mas que mantivessem limpos os já existentes”.
Os banheiros da maioria dos bares, ainda que haja raras exceções, geralmente são locais sujos não tem papel higiênico, as pias apresentam torneiras quebradas e quase sempre não há água sequer para se lavar as mãos. Depois de certo tempo, urina, vômito e outros tipos de excremento se misturam pelo chão, pois tais banheiros são limpos apenas no início e no final das festas.
Torna-se então, necessário que haja uma preocupação com a saúde das pessoas. Os proprietários e responsáveis por eventos dessa natureza não podem pensar apenas em obtenção de lucros, mas devem dispender parte dos recursos recebidos com as portas e investir em questões básicas dos ambientes, dentre elas, a aeração e higiene local.
Muitos clubes e lugares onde acontecem as festas nem banheiros possuem e seus usuários fazem as necessidades ao ar livre. Há também, casos em que os banheiros não possuem portas, expondo os usuários, especialmente as mulheres, a situações vexatórias.
Falta conscientização de donos de bares e também dos freqüentadores, que devem cobrar por maior cuidado e zelo dos lugares onde freqüentam. Esses deveriam ser no mínimo, os retornos esperados para o investimento dos usuários, os quais pagam, muitas vezes caro, pela entrada nesses locais.

Nenhum comentário: