segunda-feira, 26 de maio de 2008

Normas de higiene são desobedecidas nos clubes de reggae

O reggae tem gerado lucros para muitos empresários, donos de radiolas, clubes e bares no Estado do Maranhão. Mas, à medida que as pessoas, cada vez mais, saem de casa para freqüentar clubes e festas, menor é a contrapartida oferecida aos usuários desses lugares, especialmente no que diz respeito ao quesito banheiro.
Muitos espaços não têm banheiros ou apresentam condições impróprias de uso, gerando doenças. Segundo especialistas, ter acesso a um banheiro é um direito humano. Estudos realizados pelo Programa de Meio Ambiente da ONU dizem que mais de 2,4 bilhões de pessoas no mundo inteiro não têm acesso a banheiros. Os estudos apontam também, que a principal fonte de contaminação de água nos países em desenvolvimento são fezes humanas, que trazem bactérias, parasitas e vírus que provocam doenças, pois, fora do canal intestinal, as bactérias contidas nas fezes são patogênicas.
Desse modo, em um banheiro público maiores cuidados deveriam ser tomados, haja vista, a possibilidade de haver pessoas com urina e/ou fezes contaminadas ser bastante grande. Assim sendo, ao manipularem descargas, pias e maçanetas sem a devida higiene, as pessoas concorrem para a própria contaminação por bactérias e parasitas como giárdia, áscaris e amebas, pois a maioria dos banheiros não é dotada de papel higiênico, água e sabão, conforme recomendam as normas mínimas da boa higiene. Além disso, há o agravante de que muitos usuários, especialmente mulheres acabam por fazer as necessidades fisiológicas no chão dos banheiros, em razão da sujeira dos sanitários ou pela ausência destes.
De quem é a responsabilidade? Dos usuários, dos proprietários e/ou responsáveis pelos bares e festas ou do poder público que mesmo vendendo o reggae como produto cultural, praticamente nada tem feito para que os cidadãos tenham assegurados direitos básicos e fundamentais para manutenção de suas saúdes?

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